Ter uma casa pra chamar de própria é o sonho de muitos brasileiros, mas é preciso cautela na hora de investir neste sonho. Ao deixar de pagar as prestações de um financiamento, por exemplo, o comprador corre o risco de ter o imóvel tomado pelo governo.
A compra de um imóvel necessita sempre de muitos cuidados, tempo e, ainda, uma reserva financeira para casos de emergência. Neste ano, a Caixa Econômica Federal já tomou mais de 11 mil imóveis.
Saiba mais sobre como não ter o imóvel tomado pelo governo.
Atraso só até três parcelas
Normalmente, o banco credor oferece uma carência ao comprador de até três prestações. Após esse prazo, com três prestações atrasadas, a instituição pode dar início ao processo de execução do imóvel, onde o consumidor é notificado via Cartório de Registro de Imóveis e tem até 15 dias para quitar o débito.
Quando o pagamento não acontece, o banco pode tomar o imóvel do comprador. A propriedade é consolidada em nome do banco e, posteriormente, esse imóvel pode ser leiloado. O processo todo costuma levar em torno de oito meses.
Reserva financeira é essencial
Com o alto índice de desemprego, que atinge mais de 12 milhões de brasileiros no país, a capacidade das famílias de manter suas contas em dia foi reduzida.
Sendo assim, manter uma poupança ou outro tipo de reserva financeira é mais do que essencial. Como nem todo mundo trabalha sob o regime da CLT e conta com seguro-desemprego ao sair do emprego, é preciso ter um plano B para caso algo aconteça e, assim, as contas possam ser mantidas em dia.
Dívidas do imóvel também podem fazer com que ele seja tomado
É preciso bastante cautela na hora de escolher um imóvel, principalmente se ele for de terceiros. As dívidas do imóvel, do proprietário ou até do condomínio são consideradas dívidas que também podem fazer com que o imóvel seja tomado pelo governo e levado a leilão.
Uma dica é consultar todas as informações do imóvel, indo até o local, sondando detalhes do prédio e investigando, ainda, a vida do proprietário, se está em dias com as contas e certidões no Cartório de Registro de Imóveis.